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O Libertines volta a “campo” com sua dupla de frente.
Por Vitor Diniz
Uma das bandas que, nos últimos tempos, mais concentrou em sua gênese o sabor do autêntico rock inglês, foi, inegavelmente, o Libertines, grupo lançado pela mitológica gravadora britânica Rough Trade (a mesma que descobriu o The Smiths!), e que tem de sobra o acento bretão em suas músicas.
A banda voltou a estampar recentemente as páginas das publicações de música na Inglaterra, depois da confirmação de mais uma reunião do grupo, que ocorrerá em um grande concerto – British Summer Time – no dia 5 de julho. O local? O Hyde Park, o mesmo cartão postal de tantos shows memoráveis para os londrinos. Foi lá, no mesmo e emblemático parque, que também, em um dia 5 de julho, mas no ano de 1969, que os Rolling Stones fizeram uma histórica apresentação. O show acabou se tornando uma espécie de tributo ao guitarrista Brian Jones, que havia falecido dois dias antes.
O Libertines, com sua formação original, toca como grande atração , na mesma noite em que outras duas bandas, que têm em comum com eles muitas referências: o The Enemy de Coventry, que é sempre vigoroso e coeso, e o badalado e competentíssimo Maximo Park, de Newcastle, além dos cultuados The Pogues e Spiritualized.
A escola das duplas
Quando lançou o pegajoso Up the Bracket, em 2002, o Libertines caiu nas graças da imprensa inglesa e, até lançar seu segundo e também inspirado disco, que leva o nome da banda, e que data de 2004, eles ganharam muitas manchetes no país de Mick Jones. O genial músico do The Clash, diga-se de passagem, produziu os “caras”. Os “caras”? Isso mesmo: o Libertines é um quarteto, mas os “caras” da banda, que formam uma das mais interessantes duplas de frente do rock inglês são os vocalistas e guitarristas Pete Doherty e Carl Barât. Os dois juntos no palco, mandando canções como “Boys In The Band” e “Can’t Stand Me Now”, podem mostrar algo peculiar, que remete à velha escola do pop britânico, já que tantas outras duplas simbolizaram seus grupos. Lennon e McCartney e Jagger e Richards, ou ainda, nos anos 1960, Marriott e Lane, no Small Faces e os irmãos Davies, dos Kinks. Nos anos setenta, o “professor” Mick Jones e Joe Strummer, no Clash, deram as lições, que talvez mais tenham norteado o Libertines. Já na década de oitenta, a tradição seguiu forte, Morrissey e Marr ditaram o tom para os Smiths. Depois, o Britpop foi de Liam e Noel Gallagher na década seguinte com as polêmicas do Oasis. Por falar em polêmicas, Pete e Carl não ficaram longe delas nem um pouco. O primeiro chegou a deixar a banda de forma lamentável e não veio ao Brasil com
ela em 2004. O grupo fez apresentações marcantes em São Paulo e no Rio de Janeiro, sendo que, na capital paulista, rolou, de quebra, um memorável e disputado pocket show na Fnac Pinheiros. Quem esteve lá deve lembar do frenesi causado pelos fãs.
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Beatles e Kate Moss
A relação que Pete manteve com a poderosa Kate Moss, e uma campanha como modelo que fez para a bacana grife The Kooples, transformaram o músico em figurinha fashion. Doherty fundou o Babyshambles quando saiu do Libertines e Barât o The Dirty Pretty Things. Duas boas bandas, com ligeira vantagem para a capitaneada por Pete, mas ambas não chegam nem perto da riqueza garageira e da urgência roqueira oferecida pelo Libertines. Vale salientar que cada um possui seu disquinho solo, também com Doherty se dando melhor. Eles já andaram se reunindo para alguns festivais e este concerto de julho pintou, porque Pete estaria mal das libras. Problemas pessoais (muitos) à parte, o fato
é que os “caras” estão de volta e quando eles cantam juntos no mesmo microfone, então é impossível não pensar como essa dupla funciona bem ao vivo. Também não dá para não pensar na lição estética ocasionalmente atrelada aos Beatles.
Com sua abordagem punk, o Libertines, quando se reune, faz bem ao rock, já que coloca uma molecada toda para correr atrás de uma série de bandas do passado e sempre garante bons momentos nos shows. O quarteto, formado em Londres, é liderado por seus dois protagonistas, responsáveis por poucas e boas no mundo do rock, mas seria um pecado dedicar um texto ao Libertines, mesmo que mirado em Pete e Carl e não mencionar o baixista John Hassall e, principalmente, o energético baterista Gary Powell. No Tim Festival no Rio de Janeiro, Gary foi uma atração à parte na bateria. Quem curtia The Who e Keith Moon vibrou com sua performance .
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Rio de Janeiro
The Jesus&Mary Chain – 27/05/2014
Vivo Open Air – Marina da Glória
São Paulo
Jesus&Mary Chain
Los Campesinos! – 25/05/2014
Cultura Inglesa Festival – Memorial da América Latina
São Paulo
Mudhoney
Metz
The Obits – 15/05/2014
SUB-POP FESTIVAL – Audio
São Paulo
Au Revoir Simone e Cibo Matto – 11/05/2014
Popload Gig – Cine Joia
Rio de Janeiro
Au Revoir Simone – 08/05/2014 – Miranda
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